Tony (entrevistador): Gaga, obrigado por nos receber. Vimos você
magnífica no palco do iTunes Festival cantando e dançando como se nunca
tivesse tido uma lesão no quadril.
Gaga: Obrigada Tony. A primeira coisa que eu espero é que você
tenha tido um bom vôo. Foi uma sensação incrível, eu realmente gostei de
estar de volta ao palco. Ver os fãs, foi muito emocionante porque o que
eu mais tentei preservar nos últimos 5 anos é a integridade dos fãs e
sua bondade. [...] Sempre quis ter certeza que os fãs soubessem que eu
sempre faço todo o trabalho para eles, e quando os vi cobertos de
glitter, perucas... com uma nova energia e sorriso no rosto. Foi pura
alegria, era como WOW! Eu me senti de volta porque eles estão de volta, e
não teria sentido algum eu estar de volta se eles não estivessem lá.
Tony: Seu primeiro álbum foi chamado de "The Fame". É algo que você queria? Você acha que conseguiu isto (a FAMA) muito rápido?
Gaga: O que eu queria é realmente o que digo em "Applause", que o
artista não existe sem o público. Se você não está lá para ver o
artista, isso não funciona. Os aplausos são necessários para que o
artista tome o seu lugar. Vamos voltar para o início, o início dos
artistas, quando alguém se levantava e fazia algo. Todos sempre
aplaudiam, ou vaiavam. As vaias eram mais educadas do que acontece
atualmente. É muito diferente nos dias de hoje. Eu não quero ser famosa.
Mas no meu primeiro álbum, houveram muitos comentários sobre a cultura
da fama. Eu pensei: "Esta sou eu, não importa se você está vendo ou
não." Quando tive que parar por conta do meu quadril, eu não tinha o
desejo de sair e ser vista, embora eu tinha uma bela cadeira de rodas
(risos). A fama é uma coisa muito complicada, e apenas digo que eu amo
apresentar o meu trabalho para muitas pessoas, e eu adoro ter uma voz no
mundo. Mas eu não gosto de ser amada por ser uma celebridade.
Tony: Você pode ser anônima se quiser. Você tem alguma fantasia?
Gaga: Sim, eu tenho muitas fantasias, e sim, eu posso me tornar anônima. E você não iria ver, porque eu estaria disfarçada.
Tony: Então você não é Lady Gaga 24 horas por dia, 7 dias por semana?
Gaga: Isso é Lady Gaga! Esse é o ponto! O que eu estou dizendo é
que eu sempre coloco roupas diferentes para me sentir mais forte.
Dependendo do dia, eu sou a pessoa que eu sou. Se um dia eu me sentir
fraca, eu mudo de cabelo até três vezes e me sinto uma super mulher. E
com isso, eu posso seguir o dia, e é real para mim. E então, de alguma
forma, eu criei um tipo de arte para você, pois você gosta, e você ainda
vem para os meus shows e como você continua vindo para os meus shows,
eu continuo sendo eu mesma.
Tony: ARTPOP ainda vai ter dois volumes como você tinha dito no início?
Gaga: Eu creio que sim, mas não sei quando... porque eu tenho muitas músicas e continuo a escrever, eu adoro escrever músicas.
Tony: Me fale sobre as colaborações. Você gravou com 3 rappers: T.I., Twista e Too Short...
Gaga: Eu colaborei com eles na música "Jewels & Drugs". Tudo
começou com o meu amigo Paul (DJWS), que é um artista de hip-hop, techno
bassdrops underground de Chicago. Eu estava ouvindo a música dele, e
estava pensando em colocar um verso aqui e outro ali e coverter seus
bassdrops para canções Pop. Grande parte da inspiração veio a partir
disto e de seu álbum. Eu me lembro de quando escrevi. Ele disse que
ninguém tinha sido capaz de escrever por cima de sua música, que eu fui a
primeira pessoa a conseguir isto... Demorei horas. Me sentei ouvindo os
acordes e bassdrops e me obrigaram a cantar de uma forma diferente. A
música tinha um som israelense, e todas as guitarras e instrumentos
foram perfeitamente emparelhados. [...] Parcerias me permitem relaxar e
deixar que outras pessoas tragam sua arte para a minha música. Além de
que posso dar-lhes visibilidade nas rádios através das minhas canções.
Tony: Você pensa em atuar no cinema em breve?
Gaga: Eu tenho atuado recentemente com Robert Rodriguez. Tenho
outros projetos, mas não vou falar muito sobre isto porque foram
necessários vários anos planejando tudo. Um documentário sobre mim será
lançado em 2014 nos cinemas e foi feito pelo Terry Richardson. Foi
obviamente fascinante, ele é maravilhoso. Ele viajou comigo por dois
anos em turnê, também em minha vida normal, e tudo estará neste
documentário sobre mim no ano que vem nos cinemas.
Veja a entrevista em Espanhol AQUI.
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